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terça-feira

TODA A POESIA DE VINICIUS DE MORAES

QUARENTA ANOS ANTES DE PASSAR AO DOMÍNIO PÚBLICO, A POESIA COMPLETA DE VINÍCIUS DE MORAES ESTÁ AGORA DISPONÍVEL DE GRAÇA NA INTERNET.

A ação só foi possível devido à raríssima liberação dos direitos autorais pela família do poeta, por meio da VM Empreendimentos Artísticos e Culturais. A realização do projeto ficou a cargo da Biblioteca Brasiliana USP e foi feito a partir do acervo doado pelo bibliófilo José Mindlin, atualmente em processo de total digitalização.

Os 15 livros digitalizados são: “O caminho para a distância” (1933), “Forma e exegese” (1935), “Ariana, a mulher” (1936), “Novos poemas” (1938), “Cinco elegias” (1943), “Poemas, sonetos e baladas” (1946), “Pátria minha” (1949), “Orfeu da conceição” (1956), “Livro de sonetos” (1957), “Receita de mulher” (1957), “Novos poemas II” (1959), “Antologia poética” (1960) (1ª ed. 1954), “O mergulhador” (1968), “A casa” (1975) e “Um signo, uma mulher” (1975).

“Toda a poesia de Vinicius de Moraes” (título da iniciativa) pôde ser encontrada não apenas na página especial posta ao ar pela Brasiliana USP, como esteve também circulando por São Paulo em um ônibus-biblioteca de 1928, réplica dos primeiros veículos do tipo, idealizados por Mário de Andrade. O carro antigo foi agora equipado com cinco leitores de e-books devidamente carregados com a obra do ‘Poetinha’.

Fonte: portal Literal
Foto: Disco Poético - Maria Creuza

A INSPIRAÇÃO DE RUDYARD KIPLING


HOMENAGEM A UM GRANDE PAI!

Um pai cria o filho para o mundo e este poema é a consagração poética dessa incessante luta. O autor é Rudyard Kipling, o mesmo que escreveu o conto original Mogli, o Menino da Selva, depois reinterpretado no desenho animado da Disney.


SE

Se és capaz de manter tua calma, quando,
todo mundo ao redor já a perdeu e te culpa.
De crer em ti quando estão todos duvidando,
e para esses no entanto achar uma desculpa.

Se és capaz de esperar sem te desesperares,
ou, enganado, não mentir ao mentiroso,
Ou, sendo odiado, sempre ao ódio te esquivares,
e não parecer bom demais, nem pretensioso.

Se és capaz de pensar - sem que a isso só te atires,
de sonhar - sem fazer dos sonhos teus senhores.
Se, encontrando a Desgraça e o Triunfo, conseguires,
tratar da mesma forma a esses dois impostores.

Se és capaz de sofrer a dor de ver mudadas,
em armadilhas as verdades que disseste
E as coisas, por que deste a vida estraçalhadas,
e refazê-las com o bem pouco que te reste.

Se és capaz de arriscar numa única parada,
tudo quanto ganhaste em toda a tua vida.
E perder e, ao perder, sem nunca dizer nada,
resignado, tornar ao ponto de partida.

De forçar coração, nervos, músculos, tudo,
a dar seja o que for que neles ainda existe.
E a persistir assim quando, exausto, contudo,
resta a vontade em ti, que ainda te ordena: Persiste!

Se és capaz de, entre a plebe, não te corromperes,
e, entre Reis, não perder a naturalidade.
E de amigos, quer bons, quer maus, te defenderes,
se a todos podes ser de alguma utilidade.

Se és capaz de dar, segundo por segundo,
ao minuto fatal todo valor e brilho.
Tua é a Terra com tudo o que existe no mundo,
e - o que ainda é muito mais - és um Homem, meu filho!


Tradução de Guilherme de Almeida